segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Minha febre em seu corpo.

Um silêncio,  uma brisa.
Sua pele que me paralisa.
Você diz um pouco, e eu aumento um tanto.
Seu controle por tudo, meu desespero por nada.
Iguais  na natureza, diferentes em tudo.
Eu sou do negro, você é transparente.
Voce se abre enquanto eu me tranco.
Mas estamos juntos com a capacidade de ver amor onde há dor.
De sentir calor onde faz frio.
De esperar a porta se fechar, e o momento certo de quebrar a janela.
Ouço Bob Marley, mas sua voz desafinada que canta em minha mente.
Mas afinado com meus olhos, enquanto percorro seu rosto com minhas mãos frias.
Sinto esse seu calor que aquece meu coracao, fico quase febril com sua maos percorrendo minhas curvas.
Um silencio e nossos corpos conversando em gestos.
Uma leve brisa,  e um cheiro de cravo no ar, somos nós a nos amar.


(Ana Zuqui)

Nenhum comentário:

Postar um comentário